Cinco bons motivos para não desistir de investir na Bolsa

O construtor Leonardo Almeida sempre lia notícias a respeito da Bolsa na mídia. Em meados de 2007, ele tomou coragem e começou a investir em renda variável. "Não sabia de nada e saía comprando tudo", lembra. Ele operava como trader, quando a crise econômica veio à tona.

"Investia pensando no curto prazo, o que hoje acho um erro. Tive um prejuízo de 20% e fiquei desnorteado. Toda vez que perdia, corria atrás. Ora recuperava um pouco ora perdia mais. Era uma bagunça. Ninguém gosta de perder muito dinheiro. A sensação é de estar sem chão, fica um trauma. Você perde um pouco aqui, mais um pouco ali. Chega uma hora que sente que precisa parar".

Quem já perdeu muito dinheiro na Bolsa conhece o drama. Desenvolve-se aversão ao risco. O trauma é de longe pior para quem, antes da perda, não direcionou parte do patrimônio a aplicações mais seguras, tendo apostado fichas altas na Bolsa. Se o investidor tem família para sustentar e contas fixas a pagar, as perdas ocasionam, inclusive, crises familiares.


O melhor investimento
O empresário Henrique Matos é outro dos milhares de investidores que perderam na crise. Ele assumiu um prejuízo de 20% sobre o patrimônio investido. Porém, no lugar de desistir, preferiu estudar o funcionamento do mercado, o que acredita ser essencial para ganhar dinheiro e, no limite, evitar perdas.

"Comecei a investir em meio à euforia, sem qualquer conhecimento. Mas, com a crise, tudo se complicou. Não esperava que o Ibovespa fosse cair tanto. Acabei realizando prejuízo. Então fiz um curso de análise técnica. Algum tempo depois, consegui comprar a mesma quantidade de papéis e tive até um ganho", conta.

Para Matos, investir em ações vale a pena, porque, na Bolsa, surgem oportunidades de ganho diariamente. "O investimento em renda variável é o melhor que existe. No longo prazo, a tendência é sempre de alta. O investidor que adquire certo conhecimento consegue obter rentabilidade muito superior à caderneta de poupança ou à renda fixa. É só saber investir e aprender com os próprios erros. Quem perdeu dinheiro na crise e desistiu do mercado ainda pode voltar e recuperar o que perdeu".


O cenário é outro
Para o empresário Bruno Yoshimura, que investe há três anos, as ações consistem, incontestavelmente, no melhor tipo de investimento. Ele afirma com admirável certeza que, com a queda da taxa básica de juro, não haverá outra saída para quem pretende ganhar dinheiro com aplicações senão a Bolsa.

"Ou a pessoa se contenta com o rendimento mais baixo da renda fixa ou opta pelo mercado de ações. É um caminho sem volta. Em outros países é assim. Como os juros são mais baixos, as pessoas se voltam à Bolsa e as ações se valorizam. Logo, a Bolsa é um negócio promissor no Brasil".

"Ou a pessoa se contenta com o rendimento mais baixo da renda fixa ou opta pelo mercado de ações. É um caminho sem volta", diz Bruno Yoshimura

Domingos Junqueira, que hoje vive de seus investimentos, concorda com Bruno. A trajetória de queda da Selic traz aos investidores brasileiros uma nova realidade de mercado. É hora de se adequar. "Os americanos têm o costume de aplicar em Bolsa por conta própria, visando à aposentadoria. Eles aprendem a investir na escola. Este é o caminho que devemos seguir. A renda variável veio para ficar. Há muito espaço para a Bolsa crescer e sua capitalização deve triplicar nos próximos três anos".

Quanto à crise que atingiu a bolsa brasileira em 2008, ele afirma que foi uma "lição maravilhosa", mesmo para quem perdeu dinheiro. Nas suas palavras, "quem enfrentou a crise de 2008 está hoje apto a enfrentar qualquer crise".

Bolsa para todos os gostos
Para a economista Angel Fachinelli, a Bolsa vale a pena porque consegue atender a todos os tipos de investidores, do conservador ao mais arrojado, já que alguns papéis oferecem mais risco e outros, menos. A regra de ouro é: quanto mais risco, maior o ganho ou a perda.

"Adoro crises. Elas constituem o melhor momento para aprender sobre o mercado", conta Angel Fachinelli

"As empresas estão aí, para que possamos investir nelas. Há empresas excelentes com capital aberto. Mas quem ficou com trauma na crise deve estudar, antes de voltar, e ter certeza sobre que tipo de investidor é e quais são seus objetivos. Além disso, é preciso estar disposto a ter alguma perda, porque sempre existirá risco. Já perdi muito dinheiro. Hoje ainda perco, por isso estou estudando e me informando. É possível evitar as perdas, por meio do constante aprimoramento. Eu, por exemplo, adoro crises. Elas constituem o melhor momento para aprender sobre o mercado".

Não desista!
A crise deixou muitos investidores com medo da Bolsa, mas o professor de Economia da FIA/USP, Celso Grisi, garante que o mercado de ações continua atraente. Confira cinco motivos apontados por ele para não desistir da Bolsa:
  • Motivo 1: Grisi explica que o País está crescendo e possui hoje fundamentos econômicos fortes. "No médio, longo prazo, não devemos ter desestabilização da moeda", sublinha. Além disso, por conta da Copa do Mundo e das Olimpíadas, o Brasil deve se destacar enquanto alvo de investimentos estrangeiros. Isso tudo significa crescimento para a bolsa de valores brasileira, para os próximos cinco anos, no mínimo. "Entre os mercados emergentes, o brasileiro é o que tem mais potencial de crescimento. Mesmo que ocorra algum problema do ponto de vista institucional, o máximo que deve acontecer é uma redução na taxa de crescimento do País", opina;

  • Motivo 2: A trajetória de queda da Selic implica rendimentos menores da renda fixa. Grisi prevê um movimento de alta da taxa básica no ano que vem, por conta da pressão inflacionária ocasionada principalmente pelos gastos do governo. "A Selic pode voltar ao patamar dos 10%", avalia. Mesmo assim, segundo ele, o movimento não será suficiente para minar a atratividade da renda variável;

  • Motivo 3:Comprar ações de uma empresa, para Grisi, pode ser mais vantajoso do que abrir uma empresa, aspiração de inúmeros brasileiros. Isso porque pode render mais lucro e menos dor de cabeça. "Muitos dizem que pretendem abrir uma empresa, mas me pergunto se não é melhor participar de uma empresa que já está aberta e é bem administrada. Além disso, as pessoas não precisam comprar ações apenas porque estas sobem. Algumas rendem dividendos interessantes", opina;

  • Motivo 4: No longo prazo, a Bolsa é sempre um investimento interessante. Apesar das perdas ocasionadas pelas quedas, ao observarmos a trajetória do Ibovespa, em um cenário de longo prazo, percebemos que o índice está sempre crescendo. Quem se lembra, por exemplo, que, em 2003, o Ibovespa rondava os 19 mil pontos?;

  • Motivo 5: Na quebra de braço com os fundos de investimento, Grisi acredita que a Bolsa ganha. Ele afirma que fundos bem administrados são sempre boa opção. "O problema é descobrir se o fundo é bem administrado e qual seu perfil. Fundos podem ser conservadores, moderados ou arrojados (até mesmo no caso dos de renda fixa). Se o fundo é arrojado, o investidor assume o risco. Além disso, mesmo gestores de fundos experientes erram. Acredito que uma carteira bem feita de ações, diversificada não apenas quanto às empresas, mas também quanto aos setores, pode, no médio e no longo prazo, apresentar rentabilidade muito superior à de um fundo. O segredo está em escolher bem as empresas. Recomendo montar uma carteira com uma maioria de empresas sólidas e uma ou outra que imprime mais risco". Fonte: Infomoney

Como aplicar dinheiro de forma segura e rentável?

Na hora de investir nosso dinheiro uma série de dúvidas enche a cabeça do futuro aplicador, por isso publicamos a seguir as perguntas mais frequentes e as respostas de especialistas sobre o assunto.

O que é emolumento?

Emolumento é uma taxa cobrada pela BM&FBOVESPA que incide sobre o volume financeiro negociado.

O que é custódia?

É o serviço de guarda de títulos e de exercício de direitos prestado aos investidores pela BM&FBOVESPA. Por este serviço cobra-se uma taxa mensal, independentemente do número de ações custodiadas.

O que são dividendos?

Valor distribuído aos acionistas, em dinheiro, na proporção da quantidade de ações possuídas. Normalmente, é resultado dos lucros obtidos por uma empresa, no exercício corrente ou em exercícios passados.

O que é "lote de negociação"?

É uma quantidade de títulos com características idênticas. O “lote-padrão” é a quantidade mínima para negociação no Mercado à Vista - Lote-Padrão. Por exemplo: Vale, Petrobras e Telemar estão enquadrados no Lote-Padrão de 100 ações, o que significa que os negócios com os papéis dessas empresas no mercado à vista (Lote-Padrão) envolvem no mínimo 100 ações ou múltiplos de 100 ações. Para esses papéis, os negócios no mercado à vista envolvendo de 1 a 99 ações são realizados no mercado de "frações do lote", ou seja, no mercado fracionário.

O que é "fator de cotação"?

Fator de cotação: indica se a cotação está expressa em Reais por Ação (cotação unitária: fator de cotação = 1) ou em Reais por 1.000 ações (cotações em reais por mil ações: fator de cotação = 1.000).

O que é "day-trade"?

Conjugação de operações de compra e de venda realizadas em um mesmo dia, dos mesmos títulos, para um mesmo investidor, por uma mesma corretora, liquidadas pelo mesmo agente de compensação, cuja liquidação é exclusivamente financeira.

O que significa PN, ON, PNB e PNA após o nome das ações?

O símbolo “PN” significa ação “preferencial nominativa”, ou seja, uma ação que confere a seu detentor prioridade no recebimento de dividendos e/ou, no caso de dissolução da empresa, no reembolso de capital. Em geral, não concede o direto a voto em assembléia.
O símbolo “ON” significa ação “ordinária nominativa”, ou seja, uma ação que proporciona participação nos resultados econômicos da empresa e confere a seu titular direito de voto em assembléia.
As ações também podem ser diferenciadas por classes: A, B, C ou alguma outra letra que apareça após o "ON" ou o "PN". As características de cada classe são estabelecidas pela empresa emissora da ação, em seu estatuto social. Essas diferenças variam de empresa para empresa, portanto não é possível fazer uma definição geral das classes de ações.

O que é o ANA (Aviso de Negociação de Ações) ?

O Aviso de Negociação de Ações (ANA) é o extrato quinzenal com as informações de compra e venda de todos os ativos negociados na Bolsa, enviado para o investidor pela BM&FBOVESPA.

Como funcionam as ordens START e STOP?

A ordem Start é uma ordem de compra enviada à Bolsa quando o preço da ação atingir ou ultrapassar o preço determinado pelo cliente como preço de disparo da ordem. Por exemplo, se um investidor deseja comprar uma ação apenas após a confirmação do rompimento de uma resistência, poderá determinar o valor de disparo da ordem. Suponha que uma ação esteja sendo negociada a R$ 20,00 e sua resistência é R$ 21,50. O investidor quer comprar a ação apenas se sair negócio acima dessa resistência. Dessa forma, ele poderá colocar a ordem Start com o preço de Start a R$ 21,51.
A ordem Stop é uma ordem de venda inserida no sistema da BM&FBOVESPA através de um mecanismo onde os critérios de validação da ordem são previamente estabelecidos pelo cliente. A ordem do tipo Stop pode funcionar como uma ferramenta de proteção para o investidor, já que a ordem é enviada à Bolsa quando o preço da ação ultrapassar o preço determinado pelo cliente como preço de disparo da ordem.Por exemplo, se um investidor comprar uma ação a R$ 2,00 e quiser limitar sua perda a 10%, ele poderá colocar uma ordem stop a R$ 1,80. Quando o preço do último negócio for igual ou menor a R$ 1,80, será disparada uma ordem de venda a mercado.

Como devo proceder para fazer operações na BM&FBOVESPA?

Para começar a participar do mercado de ações fazendo investimento nesse tipo de aplicação é necessário abrir uma conta em uma corretora credenciada Bolsa.
O investidor pode transmitir suas ordens de compra e venda de ações pessoalmente, via telefone ou utilizando o sistema de 'home broker' que algumas corretoras adotaram para permitir que seus clientes operem em bolsa realizando as operações de compra e venda via internet.
O investidor deve saber que existem alguns custos que incidem sobre as operações realizadas no mercado à vista como as taxas de corretagem, emolumentos e custódia.
Essas informações podem ser encontradas em alguns sites das corretoras, que simulam os valores a serem cobrados nas operações.

O que são "pontos" de um índice de ações?

Um índice de ações representa um investimento teórico em uma carteira de ações, medindo, assim, o comportamento dos preços dessas ações ao longo do tempo. No caso do Ibovespa, ele mede o comportamento das ações mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo.
O índice é um valor absoluto, cuja função é a de servir de instrumento de comparação: ele permite a análise da variação do valor de uma carteira de ativos no decorrer do tempo. A unidade de medida do índice é o "ponto".
A Bolsa define um valor-base aleatório, em pontos, para os índices para uma data específica. A essa base agrega-se, posteriormente, a variação diária da carteira. Por exemplo, a Bolsa estabeleceu para o Ibovespa, para 02/01/1968, uma base de 100 pontos. A partir daí foram agregadas a esses 100 pontos as variações da carteira, permitindo assim comparar sua rentabilidade ao longo do tempo.
A rentabilidade é representada pela variação dos pontos do índice. Ou seja, divide-se o valor do índice em uma determinada data pelo valor do índice na data de referência passada, subtrai-se 1 (um) do resultado obtido nessa operação e multiplica-se o resultado por 100 (cem) para se obter a rentabilidade em termos percentuais da carteira.

O que é subscrição?

A Subscrição é um aumento de capital deliberado por uma Empresa, com o lançamento de novas ações, para obtenção de recursos. Os acionistas da empresa têm preferência na compra dessas novas ações emitidas pela companhia, na proporção que lhe couber, pelo preço e no prazo preestabelecidos pela empresa. Essa preferência detida pelos acionistas é chamada de Direito de Subscrição. O Direito de Subscrição é um ativo negociado no pregão da BM&FBOVESPA, no decorrer do prazo preestabelecido para o exercício do Direito de Subscrição. Transcorrido o prazo, o ativo deixa de existir.
A subscrição pode ser pública ou particular. Ela é pública quando é aberta a não-acionistas da empresa, mas ainda assim os acionistas têm preferência para a subscrição do aumento de capital. A constituição ou o aumento de capital de companhia por subscrição pública depende do prévio registro da emissão na Comissão de Valores Mobiliários e a subscrição somente poderá ser efetuada com a intermediação de instituição financeira.
A subscrição é particular quando é restrita a um certo grupo de pessoas. A constituição da companhia por subscrição particular do capital pode ser feita por deliberação dos subscritores em assembléia geral ou por escritura pública, considerando-se fundadores todos os subscritores. No aumento de capital por subscrição particular, também é garantido o direito de preferência aos atuais acionistas, na proporção do número de ações que possuírem.

Quem são os realizadores do simulado?

Os realizadores do "UOL Invest" são a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo – BM&FBOVESPA e a UOL Universo Online.

O simulado é pago?

Não, o simulador é totalmente gratuito.

Eu encontro no simulado todas as ações negociadas na BM&FBOVESPA?

Não, no simulador somente são negociadas as ações do IBrX (Índice Brasil), composto pelas 100 ações mais negociadas na BM&FBOVESPA.

O CPF é necessário para realizar a inscrição?

Sim, entretanto, caso você não possua CPF, basta preencher o campo com o número dos seus pais ou responsável. A premiação será feita pelo RG.

Fui o vencedor de algum ranking. O que devo fazer?

Você deverá aguardar um contato da coordenação do simulado (BM&FBOVESPA e UOL).

Participando do simulado, eu concorro a prêmios? Quais?

Sim, ao se inscrever você já está concorrendo a prêmios oferecidos pela BM&FBOVESPA e pelos apoiadores do simulado.


1º Lugar do ano
Pacote turístico de uma semana, com direito a acompanhante, em um resort em território brasileiro, um notebook (fornecido pela Ordem dos Economistas do Brasil), 3 meses grátis do sistema Terminal Enfoque Gráfico (fornecido pela Enfoque), kit da Ordem dos Economistas do Brasil (OEB), com dois livros da área de economia, uma camiseta, um boné, um pin e uma caneta, e associação com anuidade grátis de um ano na OEB (fornecidos pela OEB).


1º lugar do ano por região
Uma passagem de ida e volta a SP* e um pernoite* para um curso relacionado ao mercado de ações (fornecidos pela BM&FBOVESPA), uma assinatura de três meses do sistema Terminal Enfoque Gráfico (fornecido pela Enfoque), kit da Ordem dos Economistas do Brasil (OEB), com dois livros da área de economia, uma camiseta, um boné, um pin e uma caneta, e associação com anuidade grátis de um ano na OEB (fornecidos pela OEB).


*À exceção dos premiados que residem na cidade de São Paulo.


1º lugar do mês
Passagem de ida e volta para cidade brasileira, uma assinatura de 3 meses do sistema Terminal Enfoque Gráfico (fornecido pela Enfoque), um boné, uma camiseta e um pin da OEB (Ordem dos Economistas do Brasil), e associação com anuidade grátis de um ano na OEB (fornecidos pela OEB).


A coordenação do UOL Invest poderá a seu critério conceder prêmios às classificações Universitária Anual e Feminina Anual.

Como os rankings são calculados?

Os rankings anuais, Anual Regional, Anual, Universitário Anual e Feminino Anual, são calculados comparando-se a carteira que você iniciou o simulado com a carteira do dia corrente, respeitando-se as características que constam no Artigo 3º do Regulamento – Características e Funcionamento. Já o ranking mensal é calculado comparando-se a carteira do início do mês com a carteira do dia corrente.

Fonte: UOL Invest


Governo passa a cobrar 25% de imposto para sacoleiros que vêm do Paraguai

O governo publicou nesta quinta-feira decreto que cria uma tarifa única para importação de produtos do Paraguai. A medida visa combater a ilegalidade no comércio entre os dois países, principalmente com os chamados sacoleiros.


Pelo RTU (Regime de Tributação Unificada), os sacoleiros pagarão uma única tarifa de 25% sobre o que importarem. O valor máximo de mercadorias compradas no país vizinho será de R$ 110 mil por ano, sendo R$ 18 mil para o primeiro e o segundo trimestres e R$ 37 mil para o terceiro e quarto.


Para optar pelo RTU, a empresa precisa ser incluída no Simples Nacional e habilitada pela Receita Federal. O pagamento do imposto único será feito à vista, na data da importação. O RTU engloba os Imposto de Importação, IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), Cofins-Importação e Pis/Pasep Importação.


Não poderão ser importadas pagando o imposto único mercadorias que não sejam destinadas ao consumidor final, nem armas, munições, fogos de artifício, explosivos, bebidas, cigarros, veículos automotores, embarcações e peças, medicamentos, pneus, bens usados e bens com importação suspensa ou proibida no Brasil.


Na lista dos produtos autorizados estão celulares, câmeras, calculadoras, computadores, eletrodomésticos e outros.


ICMS

Além do RTU, o importador terá também que pagar ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que é pago para o Estado em que sua empresa está registrada. De acordo com o decreto, o RTU poderá passar a incluir o ICMS caso o Estado faça convênio com a Receita Federal.


Para as pessoas físicas que fazem compras na região da fronteira com o Paraguai, nada muda: o limite para compras continua em US$ 300. Nos seis primeiros meses deste ano, as apreensões feitas pela Receita na fronteira do Paraguai somaram US$ 34,2 milhões em mercadorias e veículos.

Fonte: Folha de S. Paulo

Poupança triplica captação em junho

Menos de um mês após o governo anunciar mudanças nas regras da poupança para 2010 com o objetivo de impedir a migração de recursos dos fundos de investimento, triplicou a captação diária média de recursos da caderneta, o investimento mais popular no país.


Nos primeiros sete dias úteis de junho, a poupança somou R$ 2,018 bilhões (média diária de R$ 288,4 milhões) em novos depósitos, já descontados os saques, segundo o Banco Central. O volume é maior que toda a captação líquida de maio, que foi o melhor mês do ano para a caderneta, quando os depósitos líquidos somaram R$ 1,881 bilhão (R$ 94 milhões diários).


O boom nas aplicações na poupança ocorre no momento em que a maioria dos fundos de investimento DI (que seguem a Selic, hoje em 9,25%) já perde em rendimento para a poupança. Só os fundos que cobram taxas de administração inferiores a 1,25% conseguem ser competitivos em relação à caderneta.


Com retorno menor, os fundos DI perderam R$ 2,284 bilhões, e os de renda fixa, R$ 1,696 bilhão nos primeiros sete dias úteis do mês, segundo a Anbid (associação dos bancos de investimento).
Se a poupança mantiver o mesmo ritmo de captação, poderá terminar junho com aporte de mais de R$ 6 bilhões.


Compulsório
Como 65% dos recursos são aplicados, obrigatoriamente, no financiamento imobiliário, alguns bancos começam a se preocupar se conseguirão emprestar todo esse dinheiro -os recursos não emprestados são recolhidos com rendimento zero no Banco Central sob a forma de depósito compulsório.


Os bancos reivindicam redução no direcionamento obrigatório de 65% dos recursos da poupança para o financiamento habitacional. As instituições dizem que, se o aumento na captação continuar, terão recursos mais do que suficientes para o setor. Argumentam ainda que poderiam aplicar o excedente em títulos públicos, diminuindo a pressão sobre a rolagem da dívida pública.


Líder na poupança brasileira, a Caixa Econômica Federal tem notado esse forte crescimento das aplicações desde meados de maio, quando o governo propôs a mudança nas regras da poupança. A partir de janeiro de 2010, saldos superiores a R$ 50 mil terão incidência de Imposto de Renda; até esse limite, a poupança segue isenta e com juro de 6,17% mais TR.


Segundo Fabio Lenza, vice-presidente da área de pessoa física da Caixa, o banco prioriza a captação na poupança para financiar o setor imobiliário. "A captação cresceu em junho, mas está tudo dentro do esperado. Se vier mesmo um negócio muito extraordinário, vai ser uma situação nova, a que todo o país terá de se adaptar."


O banco Santander Real afirma que, por enquanto, não vê dificuldades para o cumprimento dos 65% de direcionamento. "Supondo que haja um aumento na captação, deveremos continuar direcionando o previsto pela legislação", afirmou o banco, em nota.


Para Fabio Nogueira, diretor da Brazilian Mortgages, financeira especializada em crédito imobiliário, dificilmente os grandes bancos deixarão os recursos excedentes da poupança "morrerem no compulsório". Nogueira lembra que as instituições podem aplicar esse excedente em papéis que financiam indiretamente o setor imobiliário como recebíveis.


"Antigamente, os bancos ficavam preocupados com a captação porque achavam que não teriam como aplicar. Hoje, há muitas opções. É saudável a economia ter mais dinheiro para habitação", disse.

Fonte: Folha de S. Paulo

Veja o que fazer se o seu nome constar indevidamente em listas de inadimplentes

Se você pensa que apenas pessoas que, por ventura, deixaram de pagar algum débito são incluídas em cadastros de inadimplentes, não se engane. Segundo a advogada sócia do escritório R. Silva e Advogados, Fernanda Figueiredo Malaguti, não são raros os casos de pessoas que tiveram seu nome cadastrado equivocadamente neste tipo de lista.

De acordo com dados do Cadastro Nacional de Reclamações Fundamentadas 2008, divulgado pelo Sindec (Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor), do Ministério da Justiça, um dos principais motivos de queixas dos brasileiros em órgãos de defesa do consumidor referem-se a problemas relacionados com assuntos financeiros. Dentre estes, ter o nome incluído indevidamente em cadastros de proteção ao crédito corresponde a 2,4% das reclamações.

Para Malagutti, quem, por acaso, se encontrar nesta situação, primeiramente, deve tentar uma solução amigável da questão. A primeira providência é procurar o credor, explicar com educação a situação e, assim, pedir a exclusão da pendência. Outra alternativa é encaminhar uma notificação extrajudicial, expondo que não contraiu a dívida, solicitando o cancelamento da inserção e o envio de cópia da documentação que a motivou.

E se não der certo?

Entretanto, se, mesmo agindo de forma cordial, não houver acordo, a advogada aconselha ao consumidor que ingresse com ação na Justiça Comum ou no Juizado Especial Cível, a fim de pedir a exclusão de seu nome deste tipo de cadastro, além de ressarcimento por eventuais prejuízos materiais, bem como reparação pelos danos morais.

"O valor da indenização por danos morais varia muito e depende essencialmente do valor da dívida, do consumidor possuir ou não histórico de inadimplência, do porte econômico do fornecedor e da condição material do consumidor lesado", explica a advogada.

Quem precisar se valer deste tipo de recurso deve juntar no processo prova da inscrição indevida e dos prejuízos experimentados. Lembrando que o pedido indenização por dano material deve ser comprovado por meio de documentos e/ou testemunhas.

As indenizações costumam variar entre R$ 500 e 60 salários mínimos, o que hoje equivale a R$ 27.900. Por outro lado, pessoas que já constarem de listas de proteção ao crédito podem ter dificuldades para obter algum ressarcimento. "Os tribunais têm entendido que, se o nome do consumidor já estava "negativado" antes da inscrição indevida, o apontamento posterior não tem força para causar-lhe prejuízos e nenhuma indenização é devida."

Por Gladys Ferraz Magalhães - Fonte: InfoMoney

Como funciona o crédito consolidado?

O crédito consolidado, como o próprio nome sugere, consiste numa solução financeira personalizada que permite juntar vários ou todos os créditos existentes em curso, como por exemplo, crédito habitação, crédito automovel, crédito pessoal, etc núm único crédito do qual resulta uma única prestação mensal de valor significativamente mais baixo face ao valor da soma das prestações individuais.

Basicamente, o crédito consolidado possibilita a junção de todos os créditos que a pessoa possua, num único e novo crédito. Este novo crédito é na maior parte dos casos garantido por um hipoteca e deste crétido resulta uma prestação mensal para o cliente, deixando este de ter que se preocupar com fazer vários pagamentos a várias instituições. A prestação mensal deste novo crédito será sempre inferior à soma de cada uma das prestações individuais dos vários créditos contraídos.

Uma vez que o crédito consolidado com hipoteca tem um imóvel como garantia, a taxa de juro será menor e o prazo para pagamento será alargado, resultando numa redução dos encargos mensais na ordem dos 60%, podendo em alguns casos chegar mesmo aos 70%.

Para que se perceba um pouco melhor o efeito do alargamento dos prazos de pagamento em creditos de curta duração, tomemos como exemplo simplista uma pessoa que tem um crédito pessoal de 15000 euros e um prazo de pagamento de 1 ano.

Esta pessoa está a pagar 1250 euros por mês (15000 / 12 meses).

Ao alargar o prazo de pagamento do credito para 20 anos, esta pessoa passará a pagar cerca de 62 euros (15000 / 240 meses).

Uma solução de crédito consolidado permite-lhe recuperar o fôlego financeiro e equilibrar o orçamento familiar ao reduzir o valor da prestação mensal.

Se está com dificuldades financeiras, o crédito consolidado pode ser a solução para si.

Fonte: Crédito Consolidado

A captação da caderneta de poupança ficou negativa em janeiro

A captação da caderneta de poupança ficou negativa em janeiro, na maior perda desde abril do ano passado. Segundo dados do BC (Banco Central) divulgados hoje, as retiradas de recursos do que é considerada a mais tradicional modalidade de investimentos superaram os depósitos em R$ 486 milhões --em abril, o saque havia ficado em R$ 1,84 bilhão.

Os depósitos em cadernetas de poupança são uma das fontes de financiamento para a compra da casa própria. Assim, maiores depósitos significam mais crédito para o setor habitacional. Os números do BC incluem também a poupança rural.

Ao todo, em janeiro foram depositados na poupança R$ 77,04 bilhões e sacados R$ 77,52 bilhões, o que resulta em saque negativo de R$ 486 milhões. Assim, o saldo total aplicado no fim de janeiro em poupança somava R$ 271,6 bilhões.

A perda em janeiro é considerada normal, uma vez que a população está mais apertada com gastos extras, como pagamento de dívidas das férias e festas de final de ano, impostos de automóveis (IPVA), imóveis (IPTU) e custos educacionais (material, matrícula). Em janeiro de 2008, porém, no embalo das captações recordes de 2007, a poupança registrou entrada de R$ 1,184 bilhão.

Em dezembro do ano passado, a captação havia ficado positiva em R$ 5,39 bilhões, e em novembro, em R$ 2,503 bilhões --a principal explicação foi o pagamento do 13º salário. A modalidade fechou 2008 com captação líquida positiva de R$ 17,6 bilhões, queda de 47% ante entrada de R$ 33,3 bilhões em 2007, ano de volume captado recorde.

Crise

No ano passado, a poupança perdeu competitividade para aplicações como renda fixa e CDB's (Certificados de Depósitos Bancários), já que a elevação da taxa básica de juros pelo Banco Central eleva a remuneração das últimas opções.

As aplicações em poupança são corrigidas pela taxa referencial (TR) mais 0,5% ao mês. Em 2008, assim, o rendimento foi de aproximadamente 8%, enquanto o de fundos de renda fixa (que cresce com a alta dos juros) ficou na casa de 12%.

Agora, com a expectativa de queda dos juros para fazer frente à crise mundial e estimular o consumo, a poupança deve voltar a ter depósitos crescentes, já que para aplicar na modalidade o poupador não precisa pagar taxa de administração ou IR (Imposto de Renda).

Fonte: Folha Online

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